domingo, 30 de outubro de 2011

Avaliação  Sistêmica



                                           * Ângela Imaculada L.Freitas Dalben

A Avaliação Sistêmica é uma modalidade de avaliação, em larga escala, desenvolvida no âmbito de sistemas de ensino visando, especialmente, a subsidiar políticas públicas na área educacional. Constitui-se em um mecanismo privilegiado capaz de fornecer informações, sobre processos e resultados dos sistemas de ensino, às instâncias encarregadas de formular e tornar decisões políticas na área da educação. É uma estratégia que pode influenciar as qualidades das experiências educativas e a eficiência dos sistemas, evitando o investimento público de maneira intuitiva, desarticulada ou insuficiente para atender às necessidades educacionais.
Os programas de avaliação sistêmica, segundo a organização do ensino brasileiro, podem ter abrangência federal, estadual ou municipal. O Sistema Federal compreende as instituições mantidas pela União e os órgãos federais de educação; o Sistema Estadual, incluindo o Distrito Federal, compreende as instituições de ensino mantidas pelos poderes públicos estaduais, as instituições de ensino fundamental e médio mantidas pela iniciativa privada e os órgãos de educação estadual e do Distrito Federal; e os Sistemas Municipais de Educação compreendem as instituições de Ensino Fundamental, Médio e de educação infantil criadas e mantidas pelo poder público municipal, assim como os órgãos municipais de educação e as instituições mantidas pela iniciativa privada (os âmbitos de competência e atribuição desses sistemas foram estabelecidos nos artigos 9º, 10º, 11º e 18º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9394, de 20 de dezembro de 1996).

* Doutora em Educação pela FAE/UFMG.


                                        ARTIGO

  AVALIAÇÕES SISTÊMICAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA: instrumento de gestãopública da qualidade do ensino e mecanismo de controle social

                                  SILVA, Luciene Aparecida da
                                        GARCIA, Nelson Luiz dos Santos
                                          BICALHO, Adriana Célia da Silva
  Resumo


Este ensaio focaliza os desdobramentos e implicações decorrentes da oficialização e aprimoramento dos sistemas nacional  e  estadual  de  avaliação  da  educação  básica  ocorridos  na  primeira  década  deste  século.  Tem  como objetivo  analisar  questões  de  ordem  teórico-prática,  subjacentes  à  lógica  de  conformação  das  avaliações sistêmicas  educacionais  enquanto  instrumento  de  gestão  pública  e mecanismo  de  controle  social  das  políticas implantadas  e  resultados  educacionais  publicamente  aferidos  em  todas  as  esferas  federativas.  Neste  estudo exploratório, as informações analisadas foram captadas mediante a seleção de conceitos e dados veiculados nos websites  governamentais,  boletins  pedagógicos  das  avaliações  focalizadas,  publicações  periódicas  dos  órgãos governamentais e estudos conduzidos por  renomados pesquisadores da área. A problematização evidencia que não basta avaliar. É necessário investir em estratégias eficazes de apropriação e utilização destes resultados por toda  a  comunidade  escolar  e  demais  setores  sociais,  vislumbrando  ao  redimensionamento  da  gestão  dos processos  educacionais  internos  à  escola,  em  favor  da  real melhoria  da  qualidade  do  ensino ministrado  nas instituições públicas. 

Palavras-chaves: avaliações sistêmicas educacionais; políticas públicas; gestão da qualidade do ensino.

Leia o artigo completo no link:AVALIAÇÕES SISTÊMICAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA: 


 

 OPINIÃO 

 

    Foto:Rudá Ricci                                              

Educação: avaliação sistêmica?

 

Debati, hoje, com a ex-coordenadora pedagógica da Secretaria de Educação de Betim, Neiva Toneli. Uma das polêmicas foi a pertinência das avaliações sistêmicas quantitativas, como SAEB (nacional) e SIMAVE (mineira) para definir a qualidade do ensino. Sou contrário às avaliações classificatórias, como as duas que cito acima, justamente porque aprendizagem é processo e não resultado. Pelo contrário: uma pessoa que acerta uma questão pode ter copiado a resposta. Mas quem erra, está sendo sempre sincero. Ainda mais: saber que alguém não lê um texto simples não indica os motivos deste problema ao professor (se é problema motor, social, de hábito cultural, de estímulo, metodologia ou didática). As avaliações quantitativas e classificatórias desqualificam o professor e abrem espaço para fortalecimento dos sistemas de controle externo, com muita gente ganhando para aplicar "formulários" de última hora, sem qualquer relação com o cotidiano do aluno. Até mesmo o governo federal embarcou nesta falácia. Alguém deve estar ganhando muito com esta "unanimidade".


*Rudá Ricci em http://rudaricci.blogspot.com

* RUDÁ RICCI, 47, doutor em ciências sociais, é membro do Fórum Brasil de Orçamento e consultor do SindUTE-MG (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais) e do Sinesp (Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo).


Veja mais :O conceito de qualidade na educação

 


Veja também neste blog a postagem do dia 28/09/2011 :

Tudo sobre a Prova Brasil 2011

Prova Brasil


Conheça os detalhes da avaliação nacional que será realizada entre 7 e 18 de novembro

Nenhum comentário:

Postar um comentário